CODA 16 - Glória adeus nas Honduras

 1 2  1 2 3 4 'Cinco Minutos de Jazz' em 'Lou's Blues' plo 5teto do saxofonista Lou Donaldson ainda hoje vivo com 94 dacordo CODA 15

na Rádio Renascença de 1966 até 1974 abril 25  sai para Rádio Comercial até 1993 passar para RTP no ar de 2ª a 6ª 

Ela: quando começou os Cinco?                                                                                                        Ele: em 1966                                                                                                                                              Ela: ah! nem os meus Pais eram vivos!!! 

diálogo verdadeiro pois aconteceu no aeroporto de Kennedy em New York entre uma assistente bordo TAP no embarque para Lisboa deste passageiro José Duarte que estava a usar uma facilidade das companhias com aviões fly free be happy! lá estive entre 1960 e 1987 lá conheci muita cidade desta Terra: Paris, New York, Luanda, Helsínquia, Zurich, Los Angeles, Bolonha, Manila, Londres, Terceira, Roma, Copenhagen, Zagreb, Madrid, Viena, Budapeste, Moscovo, Leninegrado, Kiev, Faro, Tóquio, San Francisco, Berlim, Hong Kong, Varsóvia, Genéve, Rio de Janeiro, Singapura, Arhus, Barcelona, Zagreb, Cuba, Milão, Boston, Ponta Delgada, Caracas, Porto, Shangai, Chicago, Washington, Veneza, Amsterdam, Faro, New Orleans, Valência, Sidney, Papétée, Oslo, Estocolmo, Munich, Manila, Bangcock, Frankfurt, Newport, Houston, São Paulo, Miami, Cabo Verde...

«quanto fui quanto não fui tudo isso sou» in Álvaro de Campos

«adoecendo-o»  in Hélia Correia

a dor

a dor não dói o que dói é doer

chamam-lhe hipo eu João hipocondríaco e diz-me amiúde que tudo lhe dói desde a cabeça aos pés não tem dores de moda e de oportunidade ou das que doem mesmo à noitinha e gostou de beber por copo alto o de três é baixo gosta de Anna Magnani e de Karl  mas o Marx e de jazz o que é já de si não de si dele uma dor que se tolerou e agora com as dores de coluna a avançarem são piores que Deus sorry deus tem dores agudas em agosto – a regra é however parece para todos: «ai dói-me tanto o corpinho todo!…» ou simplesmente «as costas… aqui em baixo…» mas na Gulbenkian as dores são aplaudidas ao ar húmido e ruidoso com chuva ou chuviscos chama-lha a fundação ar livre… um jardim com jactos e aviões comerciais (?!!!) a passarem por cima do jazz é assim que a FCG convida o jazz para ir a sua casa! o grande salão não é pró jazz e porquê?! porque jazz é Outra Música que certa noite e há anos ousou entrar na sala dominante sala salão por Sassetti e Laginha com caros e grandes pianos abertos se preparavam para tocar ao ar livre a tal chuvada surgiu para inundar músicos e pianos (e a Música teria saído encharcada? não se soube pois os sons passaram para dentro da casa cara) este ano o 14 século 21 programou 10 espectáculos seguidos cheios de guitarradas quero dizer todas as noites e seguidas (há diferenças entre espectáculo e concerto) quem de tal se poderia ter lembrado e realizado! um salva mal misérias 10 em 365 noites… ai tão bom não foi ! os outros 355 em silêncio jazz

neste 14 do 21 uma festa dedicada à guitarra instrumento ‘fácil’ que eles e elas gostam fica bem pendurado tipo bacalhau  a fazer de baixo – somos um país de bacalhoeiros - com som electrificado na Gulbenkian com músico escolhido na capa da revista ‘Down Beat’ norte-americana um instrumento que poucos tocam bem entre eles Hendrix e Hall ambos já idos e bons demais para terem discípulos «é um conselho» segreda-me João «tal como em 19 o piano em 20 a guitarra em 21 qual será o instrumento mais popular» murmura zangado ainda!...  jazz são tambores e sopros ou têm vergonha e preferem mantê-los escravos da electricidade será racismo diz-me João esperando um sim a noite de 1 ago deu paz às dores? mas ainda lá houve gente ‘bem’ que não percebeu não gostaram mas só saíram no fim…

meu amigo João gosta de blues

os blues não são azuis são negros armas de resistência e luta blues que raros brancos tocam muitos batotam o que ouvimos com o rapaz Gruenbaum foi bom saltitando de teclas para teclados mas quem abafou a mostra foi James ‘Blood’ Ulmer a star sua voz sua guitarra sua Música não música (M versus m) por ser forte definida quase impecável mau amigo João diz que é no quase que o segredo reside exemplo conversado entre João e Dave Douglas a propósito de Miles na discografia de Miles o melhor vai para o pior vai para os CDs gravados live (como se em estúdio estivessem dead!....) onde Miles se exibe ‘tocando ao lado’ quase oportunidade para recriar emendar e ficar à vossa disposição não desafinados cumo dizem as «autoridades» cumo Dolphy que deixou dito: «não há notas erradas só a seguinte»

na Gulbenkian ontem David Barnes em harmónica de boca / gaita de beiços brilhou «quando for grande quero musicar cumo aquele músico musíca» repete João o meu amigo João…

tenho duas filhas que são músicos e sou cumo João misturo conservas conversas

e as dores João? qual doença é a tua? João olha-me com seu olho direito – olho é o órgão vista é a função – e diz-me citando clínico «não estou doente estou velho» … a anca do lado direito… geme… ai!...

conheceu e conhece muita gente muito pouca só lhe olá porque será? porque João trabalha é coerente Solnado lhe dixit conhece as classes todas difícil muito difícil o é enganar…

ai Deus e u é…

não há mais ontens nem amanhãs neste agosto mentirosamente com jazz em Lisboa     10 para mim é demasiado e impossível 10 em 10 é cova funda onde ficarão o oportunismo que só os cúmplices não denunciam

em Espanha aqui ao lado um espectador exigiu retorno dos euros pagos para ouver jazz num festival jazz mas o que lhe estavam a mostrar não era jazz! gerou-se natural confusão meteu polícia e julgamento e o jazz lover ganhou ganhou e ganhou bem um    ou outro exemplo mais barato: nunca se viu alguém escolher e pagar sardinhas e aparecer-lhe com inevitabilidade! pópe róque rôl & rock ou uma história alternativa nu perdão no Ípsilon-jazz que será aqui alternativa alternar aprendi era feio – Winton o genial Marsalis ouviu esta história agradeceu ao espanhol e como presente lhe deu uma coleção de seus CDs e veio tocar em Spain dizem...

no país que é «nosso» as festas do jazz alternam! eu não nem João que podia ser meu filho

Shipp piana Evan sopra e foi este soprar que pôs em risco este bom concerto de música improvisada amiga do jazz Evan respira sem parar merece três de exclamação!!! e ***** de muito bom só que naquela noite insistiu exagerou na técnica que faz mal ao aparelho respiratório diz João o hipo e é verdade a aliança com o notável Mateus foi notável no entendimento na execução foi mesmo ver-se tocar um contra o outra com profundo conhecimento e impecabilidade Música jazz que cansa e deleita e com ela se toca também há afinidade com surdos cansaço bom cansaço que a Beleza e perfeição nos dá nos deu aconteceu Arte e viva o Improviso   que bom jazz para passar as outras 23 horas a ela agarrado cumo diz meu amigo Wolfgang Knauer mas referindo-se a Outra Música à que nos querem vender a branca com viola verdade seja escrita que Gulbenkian apresentou os melhores dos piores tal cumo Agustina disse de Alegre                                      

Wolfgang no Guincho a confessar que não pode consegue sequer ver um robalo fechado morto com cabeça e olhos «sabes Josef sou alemão…» das raras melhores soluções a de Evan Parker & Matthew Shipp mas já sem porta para sair e avançar

quem se espanta ao ler jornais com mentiras e/ou omissões? João aponta para mim e é verdade João não mente nem omite Haden o Charlie para os amigos foi-se embora e a imprensa em Portugal deixou-o com boa fama!

até numa entrevista que João deu e não devia ter dado pediu promessa para o que dissesse saísse integral  mente sorry integralmentea menina disse que sim mas... não dançou!

João furioso passa a contar a Verdade toda um Verdade triste por isto João tão bem a conta conheceram-se em Varsóvia novembro 1971 lá tocaram quem tocaria dias depois os mesmos músicos jazz n-a «não vou tocar a Portugal porque não toco em países fascistas» disse Haden a João «não há países fascistas há sim governos fascistas» disparou de imediato João fulo Haden pensou (!) falou com Blackwell e Dewey e Ornette e decidiram sim vir a Cascais mas reclamando em palco contra a guerra colonial ao tocar «Song for Che» tema de Haden escolha de João por o tema ser ‘popular’ em «Cinco Minutos de Jazz»... mentiu…

João esteve em todos os momentos deste facto histórico até treinou Charlie a dizer Moçambique sem erros sonoros do falar americano preveniu que a PIDE o iria arrecadar e libertar sem pancada por ser cidadão n-a que ninguém conhecia em Portugal que só estivera com a organização o que foi mentira pois João andou sempre com ele ensinou-lhe quem são (porque está viva sua arte revolucionária) Orozco e Rivera e Siqueiros quem foi Basil Davidson e tantos outros que Haden não conhecia e que lutaram contra o racismo pela paz e liberdade Haden pasmou e contente sorria feliz era um esquerdeiro que tocava baixo e bebia e se drogava e se não lembrava das noites ou dias horas anos companheiros músicos temas que gravara com Ornette as peças primeiras de free jazz! contou ele a João e já casado com uma judia com 4 gémeos todos hoje no rock…. Charlie Haden morreu conhecido graças a Cascais e graças a Cascais vendeu mais discos e com a fama Portugal incluído (!) que foi um homem de esquerda João e o olhar de quem sabia que já em New Orleans jazz era free e atacou parte final que pedi para ser curta Cristina Freira realizadora de tv foi por João ajudada a documentar aniversário do HCP Hot e memória do histórico notável Vilas Boas todos os da época depuseram e a história em Cascais era necessária para o Portugal vivendo ditadura e…. a RTP dispôs-se a financiar a ida de dois trabalhadores à Califórnia West Coast dos USA onde Charlie residia para o entrevistar! o ‘herói’ ao convite respondeu «quantos dólares? sem dólares não falo» e não falou e mais muito mais se passou: seus músicos em classe turística ele e sua loira baça antiga em primeira tal cumo em hotéis seus quartos virados para a frente do hotel!! «não digam ao Zé onde estou» dizia ele já um feliz e abonado mentiroso receoso                

meu amigo João aparecia para lhe complicar a vida e teve nada a ver ou a ouvir com a ligação perigosa Paredes / Haden um grande engano de pais incompetentes outra grande dor que parece mas não passa

dói a mim doeu-me ver no final dum concerto no Seixal à porta do camarim da star uma portuguesa de idade pedir à companheira do baixista um autógrafo e estender o CD e ouver o casal a discutir quem havia de escrever o autógrafo!!!... «escreve tu» disse Haden e a loira escreveu e a portuguesa agradeceu!!!!!!...

João diz hoje «não percebo nada disto» apanhei-te caro Jonas! neste país importante é a inveja e a mentira acredita neste velho vivo ainda vivo com a idade com que CH se foi

«… é a bem ou a mar ...» Rita Duarte

um festival cheio de “viola eléctrica rock” nunca será  de jazz e não foi apesar de forças que ‘mais valia’ estarem quietas        de forças? perguntei a João sim respondeu João duas vezes sim sim são  uma interna a outra externa quis saber mais e João confessou o que poucos ainda repararam na colaboração  - o adjectivo é desnecessário - da notável Fundação Calouste Gulbenkian  com outros parceiros e assim ser invadida pelos mesmos da mesma: o fri e/ou a ‘história alternativa Ípsilon do jazz’ e a com fusão a aumentar…  a Culturgest e a Câmara Municipal do Seixal do mesmo se deveriam queixar

Pim!

«meu trio ‘Ceramic Dog’ é um grupo rock» para a revista n-a «Jazz Times» do mês que vem! disse Marc Ribot que tem se senta 60 idade para ter juízo  e   “quando tudo o resto falha, Marc Ribot tem o rock” !!! em Ípsilon há o lado intelecto esquerdo à americana do guitarra para passar por sexagenário culto e logo a seguir lembra João se esquece ou desconhece Dizzy e suas primeiras viagens a Cuba foi aí que João parou a leitura da página e desatou a pensar na situação burguesa europeia ocidental: instrumentistas bons para um tipo de Música que não é jazz nem muito provavelmente eles querem ou sabem o que é

é a Música deles e eu tenho nada a ouver com ela nem nada sei dela dessa Música melhor desse aglomerado de sons João aprova e pergunta para que li Leopold Ritter von Sacher-Masoch (Lviv, 27 de janeiro de 18369 de março de 1895)

eles não gostam da minha eu não gosto da deles… tudo bem-haja liberdade e é por estas e por outras que sou anti-aritmética disse-me João com um ar da Felicidade a chegar e acrescentou: c bem-criado amigo diz-me João: controla teu tempo porque aqui só o estamos a perder estamos a ser aldrabados chamar jazz a isto aqui na Gulbenkian é ultrajante tal cumo o é no ‘Cool Jazz Festival’!!! e o país afundado em música desta em festivais e festivais

há euros para o rock não há euros para comer ou há crise ou não há crise

o país acabará mal                                                     

… mas cumo João é da Música Jazz quando bate palmas bate com a esquerda na direita coisa rara pois em sem sorry em cem um bate assim                      

a multidão bate na esquerda com a direita…

experimente

João tem razão quem somos nós? quantos? já esquecemos um da mais do que uma dúzia de guitarristas  (Fred Frith ou Hamid Drake toca em concertos vieram para trisar poupar contabilidade que Vilas já executava nos anos 70!) esse que esquecemos chama-se Marc apelido Ribot e faz ele senão bem ele é o trio e ganhar tocar guitar cumo quer… e é aplaudido e encores!

ouver Ribot ou o outro Marc o Ducret que se segue e seguiu foi penoso para João e para moi aussi outras dores na cabeça que só se aligeiravam quando pensava já então em 4 agosto em «LUME» grupo que encerrará “Jazz em Agosto” este ano a 10 outro sagrado domingo

Ducret trouxe trombones… 3!!! e a Música que conseguiram foi tipo Música de Cama perdão de Câmara foi fácil de seguir a sucessão de sons emitidos por este combo nem a dor mimpediu pior me impediu de quase adormecer por momentos ao som de aquele jazz… dizem eles… dirão?

mas cumo não tenho algo a ver com as decisões musicais e gostos estrangeiros curto curto estas idas à CAM parte ar livre não foi dor foi a cabeça a andar à volta…

lembrou a certa altura João uma situação que também muito me dói: os festivais jazz neste país não são das Câmaras são de senhores pessoas que gostam daqueles sons e os escolhem anualmente uma pena pesada é o Dixieland não ter festival melhor escrito shows anuais nem se quer os blues eu querer quero...

o palco com o arranjo de cena e a qualidade de som e luz foram impecáveis o que não chega para salvar este anual encontro de pessoas não muitas mas as suficiente para manter estes agostos cada vez menos hot

decidi ir ouver “Franz Hautzinger Big Rain» um quarteto porque uma leve esperança baseada em Hamid e Jamaaladeen  antes João falou-me na ‘inquietação’ em cena de Keiji Haino voz e claro guitarra electrificante músico oriental mas lá do fundo das distâncias o homenzinho de altura quase igual ao comprimento de seu cabelo todo branco gritou animou a festa João com Keiji diverte-se sempre o ‘dono’ do 4teto o sr. Franz dei muito pouco por ele que trompetou com sonoridade intencionalmente modificada e divertiu-se com Keiji a estrela dos 4 Jamaaladeen em baixo isto é não em contrabaixo acústico mas electrificado com Hamid Drake em bateria estiveram presentes mas distantes cumo se não pertencessem à banda outro perigo ou aliciante para este tipo de Música atravessa o Atlântico e toca mal ou se abstém em palco tendo antes tocado tão bem!... João diz que são vantagens riscos da Música não escrita  

«é porque ainda não era suposto ser...»                                                                Adriana Duarte

a visita de Benny Golson a este país foi oportuna e teve sucesso tocou com uma big band made in Portugal no Tivoli em Lisboa e na noite seguinte no clube do ‘Hot Clube de Portugal’ com Filipe Melo (piano), Bruno Santos (guitarra), Benny Golson (tenor), Bernardo Moreira (cbaixo), Bruno Pedroso (bateria) muita gente em ambas as actuações e João com outra história da qual sou testemunho ou nha

«com os do costume» disse João a quem lhe perguntou valorizando a quem se referia pois do costume têm que ser bons e cumo são poucos os bons todos os conhecem e até a própria novíssima geração já está em cena já grava já dá aulas vida que Golson nunca viveu com 80 e tal vividos tal qual Mestre Barry Harris homem pianista que me não lembro de o ouver cá na terra !!!  também Golson fala (ensina reporta) entre temas

ambos assim mostram comentam sua Música ou a que irão tocar enfim um espectáculo inesquecível em Lisboa tivemos dois e a mesma falha de memória de Golson  de como se chamava o contrabaixista que com ele tocou  nas sessões com big Clif o genial trompetista Clifford Brown nos anos 50 do século passado  era George Morrow lembrou-se João mas tímido não o disse alto na plateia do Tivoli já no Hot lho disse no camarim e lhe pediu uma assinatura numa fotografia com ele na festa do ‘Avante’ em 1992   mas passei por outra diz-me João New York reunião da ‘Associação Internacional dos Críticos Jazz’ com concertos feiras encontros de tudo com todos

tenho um conhecido lá na América que tem ascendentes açorianos e daí se chamar Paul de Barros trabalha com jazz há anos e anos vive em Seattle e é um daqueles que sabe tudo sobre jazz e lá nos encontrámos no meeting e uma das que fez foi entrevistar numa sala com cadeiras cheias de críticos internacionais frente a frente dessa vez o baterista Roy Haynes outro octogenário que tocou com o jazz moderno pós Parker todo e sempre bem «e o que é que se passou?» perguntei enquanto tomava o meu 5º analgésico do dia  estavam os dois a recordar uma gravação que Roy fez com Sarah Vaughan a cantora em que ela apresenta com uma grande originalidade os músicos do trio – um deles Roy - que com ela gravavam com um swing ali improvisado naquele momento e assim para a História ficou e fez do disco um bestseller até que Paul pergunta a Ray «e qual era a etiqueta do LP?» ambos não sabiam ou não lembrados estavam até que eu o João do Jazz disse alto e bom som Emarc!

um vozear de espanto e vários «quem é aquele?»

uma big band em palco sentados 15 parecendo afinar seus instrumentos até que o pianista sai do piano e ocupa de passagem sua posição de compositor director e pianista e rege um arranjo violento forte muito bem ensaiado e tocado primeira impressão é positiva o concerto durou bastante até re encorizou apesar de para um espectador conhecedor e exigente merecer **** só não lhe chega a quinta estrela pela falta de mais solos improvisados os que houve foram bons discursos e destaco o de José Menezes em tenor numa ânsia vivida de chegar à frente de Trane gostei também - acrescenta João todo contente porque os portugueses ganharam! – do trabalho do baterista Machado que mais que seus colegas sofreu fisicamente com a sucessão dos temas a variedade dos arranjos várias velocidades Machado perdeu kilos mas é minha a opinião continua João que faltou tempos lentos uma balada embora os arranjos fossem de autor definidos autor de sons colectivos pesados um band parecida só com ela L.U.M.E. ‘Lisbon Underground Music Ensemble’

outra novidade do jazz cá é o número de grandes orquestras jazz a crescer e a reapresentar músicos que dignam a Música neste naquele país

Paulo Gaspar excelente clarinetista Jorge Reis um homem de carreira de batalha que ganhou mais Elmano Coelho e um bom solo em barítono enfim um naipe de trompetes com Gonçalo em destaque e em trombones a dupla imbatível Cunha e Lála

no trabalho de Marco Barroso o dono desta band nota-se decisão mais o estilo que os definem para além de um interessante nível composicional

gostávamos de ter sabido nome das composições desenvolvidas

a dor é útil 

é aviso                         

é sinal de que algo não está momentaneamente bem mas se pode auto curar ou não

muito me dói o estado de sítio do jazz em Portugal disse João

já a mim não João

‘se Bach preferiu sempre como tema das suas paixões segundo São João e segundo São Mateus é porque os primeiros não prestavam... os autores que assim não pensam são lucas’ de Zé Sesinando

José Sesinando é o pseudónimo de José Palla e Carmo (1923-1995), escritor, crítico literário, ensaísta e tradutor. Formado em Direito na Universidade de Lisboa, Palla e Carmo nunca exerceu advocacia e manteve sempre atividade literária: foi co-fundador do PEN Clube Português (que dirigiu entre 1979 e 1984), membro da Comissão Cultural Literária da APE (1974-76), e escreveu para vários jornais e revistas, nomeadamente o Jornal de Letras, onde manteve a célebre coluna «Escrituralismo», e as revistas Almanaque e O Tempo e o Modo. Especialista em literatura anglófona, traduziu Ezra Pound, William Carlos Williams, T. S. Eliot, John Osborne, H. G. Wells e Somerset Maugham. Enquanto José Sesinando, nome que usava apenas para assinar os textos de humor, publicou, entre outros, os livros Olha, Daisy: 50 variações sobre um soneto já antigo, Heteropsicografia: 65 variações sobre a Autopsicografia de Fernando Pessoa e Obra Ântuma, o livro de culto que reúne os textos dos jornais.

e pronto aqui jazz...

joseduarte@ua.pt      

joseduartejazz@gmail.com     


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