CODA 19 - 'só os que lá foram souberam o que lá foi ter ido' - Tarrafal meu tio Rui

o Melhor do Melhor

sendo o assunto o Grande Músico Norte-Americano atão só se pode tratar dum masculino singular nascido num dos estados unidos dessa América do norte mas não esses americanos que ainda restam são índios os que ganhavam sempre aos cow-boys queríamos nós os da minha geração nascidos e crescidos em ditadura com memória tolerante para os índios colonizados ele nem sequer é puro americano não é whisky é bourbon foi americano de família europeia latina e italiana depois é ‘só’ escolher entre as dezenas de compositores e letristas que ao fugirem ao nazismo se instalaram na América do Pacífico a da Califórnia os da grande família italo-americana: não aos big fellows como Dean Martin nem Tony Bennett nem outros mas sim o maior – não gosto - o Melhor cantor porque a melhor voz e a genial combinação entra as duas também eu lhe digo que Francis Albert Sinatra nasceu perfaz neste 2015 calculem lá sem com cem anos de idade cronológica em 12 dezembro 1915 morreu com 82                                                                         nasceu em Hoboken, New Jersey um dos poucos homens que morreu sem saber as mulheres que de si gostaram… foi Pai de 3 mas noutra e a que pior o tratou foi de quem ele mais gostou

«o que a minha cultura lê!»

 respeite-se a memória de outra lendária voz a de Bing Crosby a qual Sinatra muito preferia a única não italiana que ele se não fartava de repetir audiçõe                                                             vi-o levantar-se e aplaudir comovido vozes bem cantantes doutras músicas do belo canto cantores com nome italiano Pavarotti a frase apesar de eternamente válida é impressionante: «quando Sinatra a cantava a canção ficava cantada for ever»

Sinatra era um verdadeiro artista no som e do balanço e uso de silêncio que são os melhores momentos musicais às vezes … com Sinatra em TODOS aquele americano com sotaque inglês à Elis como Elis no Brasil a dicção perfeita experimente dizer alto a palavra telefone não ouve a sílaba última aconselho que não cante oiça só não só zinho Sinatra... calava palavras repeti-as o seu gosto era alto superior genial bom super bom professor de inglês de muito povo                                                               aprende-se a cantar fixando seus solos de palavras de sons que perdiam significado ao serem cantados ficavam 'nothing at all' a diria mensagem não massagem está já fora de apreço uma canção uma das boas vive à custa do valor que lhe dão quem? o intérprete relembrem-se de «You’re nobody till somebody loves  you» de Russ Morgan, Larry Stock e James Cavanaugh de 1944 com Sinatra ocupando a faixa big orquestra lá ao fundo do apreço mas se bem bem bem presente pela qualidade ouvida Sinatra take a take virgula faz a seguir 1 2 3 4 takes retocando recantando recompondo a melodia melodia frase a frase melhorando espantosamente  a versão… tudo isto para bem de seu autor que o compreendeu é foi Prof a leccionar que ganhava fortunas ao cantar e dar prazer a quem o ouvia o sabia ouvir fácil pois ser génio à Sinatra na gravação de «I won’t dance»                'a menina dança?' na RC na RTP acabou por ser calada

seus companheiros de estúdio tiverem a ousadia de criticar uma de suas passagens de som e só neste tema Sinatra concordou mas disse... fica assim... estava espantado com a big band de Basie e trabalhar em uníssono mas assim fica e ficou e só um surdo cumo eu nota tal ‘desafinação’ de Mestre Francis fui ouve-lo 2 vezes ao vivo em ambas a primeira em Manhattan com ela Ella Fitzgerald a de Count o Basie só ganhei essa noite em NY dormi uma noite na ilha mal claro concerto foi além de concerto um espectáculo a outra foi num estádio de football!!! em Portugal ao norte nunca percebi porquê… esperei no fim do show pela Voz no hotel mas Sinatra voou direto avião private jet para Barça aposto que o espantaria e nosso uníssono com sua voz «Somebody up there doesn’t like me myself and I»                 

Sinatra morreu com qualidades e defeitos tal qual eu e vossemecêzes

«nunca odeies teus inimigos... prejudicam-te a ação»                    Michael Corleone


a VOZ e a matur idade

Los Angeles não é uma cidade é uma superfície morada onde o avião tirou o trem para fora comigo lá dentro e só quase uma hora depois o utilizou é um sítio não um site onde as distâncias são africanas e cada habitante tem um carro e meio em média me disseram e eu acreditei                                                           fui ao jazz club «Shelly’s Manne Hole» em Vine Street já não existe passo a vida a citar músicos lugares músicas que não existem sou velho e doí-me a anca a direita a malvada da direita lá me foi - dado dado enfim não foi... - ouver Dexter Gordon um tenor                                                                                         noutra noite Miles Davis outro soprador este então agora então – grande surpresa! - com Corea! e Holland! a ‘revolução’ melhor a confusão Miles estava a instalar-se e iria durar até sei lá quando sei que amanhã estará presente mas ali mais abaixo ou acima não há é uma cidade um aglomerado urbano plano ainda na rua ou setrite como eles dizem Vine no cruzamento com o Boulevard Hollywood está o célebre edifício redondo o Capitol Records Building pronto em 1956 quando os britânicos EMI compraram a Capitol oh! História… a Capitol é famosa pela qualidade de seus estúdios de gravação e pelos artista que lá gravaram entre eles o nosso S sim porque Sinatra morto com 82 em 98 foi o Artista que se foi embora sem saber quantas mulheres por Ele se apaixonaram… vale nada o record (aprendi com Ted Gioia no seu book «Love Songs» de 2015) de Jagger o Mike que diz se ter deitado com mais de 4.000 mulheres 4.897 diz-se... deitado acredito

Sinatra na Capitol com instrumentistas mais 'modernos' exemplo arranjadores como Gordon Jenkins, Billy May ou o eterno Nelson Riddle ou o desconhecido não para nós trompetista Harry “Sweets” Edison em comentários de extremo bom gosto simples oportunos com swing tudo isto mais A VOZ deu um quintal de peças primas para ouvir reouvir fixar e cantar sessenta anos depois…

Sinatra sempre bem vestido dizem-me elas e com chapéu reparo eu à Sinatra atingia a altura máxima em qualidade artística musical cantada!!! duvido embora esta opinião sobre o período Capitol de Sinatra seja unânime quase falta a minha a opinião

Claro que aprendi a falar inglês não no liceu Pedro Nunes em Lisboa aí fui expulso por Xavier Lobo reitor prof de português e que me dera vinte por ex tenso dá 20 foi o meu primeiro encontro com a contradição tinha 15 e com tal idade nem os Marx os irmãos conhecia respirar agora é o trabalho que dá não gostar de vírgulas nem de virgulos mas aprendi inglês-americano sim com Francisco Alberto Sinatra

reparem como ele correctamente diz a última sílaba de cada palavra não as come ao acaso de Berlin Irving Berlin «Cheek to Cheek» a sonolência Columbia tinha-lha passado chegava o swing discreto e um misterioso e permanente convite à dança

«porque é que Mickey Mouse usa luvas?»

Sinatra foi um lover e cumo todos só houve uma que o parou!

chamava-se Ava Gardner (1922-1990) e deu muito trabalho a Francisco                                                                                    conta nosso amigo Previn maestro André Previn pianista de jazz e da escrita que uma noite há sempre uma noite… tocava ele no bar de um hotel nos USA quando viu Ava sentada não me disse se a viu em pé mas o que é certo é que o puto Previn artista no final de seu tocar viu Ava aproximar-se devia ser lindo ela mais próxima e com intenção que leu em seu olhar o convidar para sair after show!... ninguém sabe porquê André desculpou-se… mal… agradeceu o privilégio e disse que naquela noite não… não podia eu ficava contente se a história terminasse aqui mas não termina pois passados anos a história acabou: depois de tocar foi a vez de André Previn convidar Ava Gardner e julgo ver a cena Ava calada demora e responde com aqueles lábios que Sinatra conheceu: 'sorry mas não o conheço'

Ava não fez o mesmo com Sinatra fez pior e fez melhor mulheres assim é que eu gosto que digam não sim ou melhor ainda talvez Sinatra ciumento por um espanhol!... calculem lá forçou sua entrada cumo ator no filme ‘Até à eternidade’ ‘From here to eternity’ de Fred Zinnemann em 1953 e ganhou um Óscar para o melhor intérprete do ano é preciso acrescentar intérprete no cinema porque na Música nunca houve dúvidas

1953 ano em que a minha alienação favorita assinou contrato com Capitol – o Senhor Francis Albert Sinatra

São raros se é que existem os ouvintes que sabem ouvir e que não gostam de ouvir Sinatra quer homens até mulheres como se justificarão os escassos contras? que ele era da Mafia – por ser italo-n-americano não comento - eu nasci no Bairro Alto... cuidado comigo... – o relatório secreto da FBI apresenta  Sinatra como simpático e com a esquerda no relatório McCarthy! - por ter ido a Cuba centro de diversões dos n-a longe dos tempos de Fidel & Che na ditadura de Batista que Salazar 'hospedou' nas ilhas portuguesas no Atlântico 

num certo fim de tarde... ninguém à vista vi passeando-se na placa do aeroporto de Lisboa o ditador Fulgêncio Batista e o senhor Seixas o agente Pide que mais batia e mais mandava e eu a trabalhar a trabalhar para a TAP os 3 sozinhos... eles os dois e eu a guiar um pesado e potente jeep!... a tentação foi-se mas o arrependimento pesa...


Stella Rose Duarte-Goss em 21 deste junho completa 4 

José Duarte em 23 deste junho completa 84

tal & qual


Jazzé Do Arte

Lapa agosto 2015

 

 

 

 

 

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