CODA 12 - indo lá pondo-se

que ViVa o Jazz e quem o apoiar

de Jazzé do Arte: 'porque será que jazz tem aquele z a seguir ao outro?'

minha tia Emília filha de meu avô José Duarte disse-me no dia do casamento de sua filha ao comandar familiares para a grande fotografia: 'indo lá pondo-se' mas logo emendou 'vão-se lá pondo'

há erros e há gerúndios

f5d81ef6b00e71408943

Educação, formação, património, criação, pensamento, cooperação, emoção. Tudo isto convive na órbita 

desta cooperativa cultural vimaranense que agora se revela com maior expressão

A Oficina organiza, cria, produz, preserva. 

Mas, A Oficina é mais do que isso.

A-Oficina-e-mais-do-que-isso


Em 2021, A Oficina – cooperativa cultural vimaranense nascida em 1989 – abre uma nova janela para se mostrar, despertando novos olhares. Próxima do território e em contacto com o mundo, A Oficina organiza, todos os anos, vários eventos na cidade de Guimarães. Assume múltiplas valências e frentes de ação, nomeadamente a gestão e programação de vários equipamentos culturais, a forte e crescente aposta no apoio à criação, entre várias outras iniciativas de formação e sensibilização através das artes. Mas, A Oficina é mais do que isso. 

Depois de atingida a marca dos 30 anos (em 2019), A Oficina dá novos sinais de maturidade e contínuo crescimento, sempre acompanhado de vontade, energia e uma constante inquietação no cumprimento do serviço público a que se designa. E alimenta o seu espírito perseverante aplicado no cumprimento de uma missão continuada na linha do tempo e crescentemente alargada no espaço, abraçando Guimarães e acolhendo e cooperando cada vez com maior alcance. 

Anualmente são cerca de 300 as atividades culturais que organiza, incluindo espetáculos, grandes eventos, oficinas, formações, entre outras. São mais de 50 escolas e instituições do concelho de Guimarães com quem trabalha, junto de professores e cerca de 5.500 crianças. São cerca de 20 as residências artísticas que apoia todos os anos e que dão origem a outros tantos espetáculos, fruto da aposta na coprodução de novas criações artísticas em Portugal. São cada vez mais as parcerias com várias instituições locais e a integração em diferentes redes regionais, nacionais e internacionais de programação cultural, abrangendo áreas como as artes performativas, o ensino, a música, as artes visuais e a inclusão só decial. Fundada com o objetivo original de criar uma estrutura capaz de valorizar, promover e divulgar as Artes e os Ofícios Tradicionais de Guimarães, A Oficina continua igualmente a perpetuar a feitura da Cantarinha dos Namorados e do Bordado de Guimarães, produto reconhecido no mercado fruto do projeto de certificação levado a cabo por esta cooperativa. 

Este ecossistema assume agora uma nova visibilidade com uma campanha de comunicação institucional apresentada neste mês de janeiro sob o mote “A Oficina é mais do que isso”, a par do lançamento de uma nova Revista com o tema “Outros Futuros: práticas artísticas e sociais, depois de 2020”. Com um novo rumo editorial dedicado à reflexão e ao pensamento, a partir da criação artística, a nova Revista d’A Oficina interroga ideias, desígnios, debates, impasses, crises que fazem o nosso tempo, através de um conjunto de colaborações relevantes em resposta a eixos temáticos nas mais diversas áreas da cultura, da educação, do património. À imediatez privilegia-se o tempo, ao consumo frenético escolhe-se o sabor da leitura demorada.

A campanha agora lançada pela cooperativa de Guimarães pretende assim estimular cada um e todos os que com ela se cruzem, conferindo novos olhares sobre as oportunidades que regularmente coloca à disposição da comunidade – seja ela a comunidade aberta e interessada no ato de explorar várias e novas expressões artísticas através do consumo cultural, a comunidade artística, os professores que na sua companhia exploram e aprofundam novos caminhos e partilham os seus frutos com alunos e formandos, ou os próprios alunos em si, ao germinar nestes novas janelas de conhecimento e reflexão cultivando uma nova predisposição e sensibilidades artísticas (e humanas) enquanto consumidores e futuros produtores da matéria tão única e ao mesmo tempo plural a que chamamos arte. 

Atualmente, A Oficina organiza 5 grandes eventos por ano: GUIdance (fevereiro), Westway LAB (abril), Festivais Gil Vicente (junho), Manta (setembro) e Guimarães Jazz (novembro). Na cidade, faz a Feira de Artesanato e as Festas da Cidade e Gualterianas. É, ainda, responsável pela gestão e programação de diferentes equipamentos culturais na cidade de Guimarães como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), um espaço com programação regular no domínio das artes do espetáculo, composto por dois auditórios, um café concerto e magníficos jardins que dão vida ao Palácio Vila Flor, edifício do século XVIII; o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), uma estrutura dedicada à arte contemporânea que junta peças das três coleções que José de Guimarães reuniu nas últimas cinco décadas – Arte Africana, Arte Pré-Colombiana e Arte Chinesa Antiga –, bem como obras da autoria do artista e de outros artistas contemporâneos; a Casa da Memória (CDMG), um centro de interpretação que expõe e comunica testemunhos materiais e imateriais que contribuem para um melhor conhecimento da cultura, território e história de Guimarães; a Loja Oficina (LO), um espaço de venda de artesanato local onde trabalham, diariamente, as artesãs d’A Oficina que garantem a produção do Bordado de Guimarães e da Cantarinha dos Namorados. A este conjunto de equipamentos, junta-se também o Centro de Criação de Candoso (CCC), uma antiga escola primária, transformada em 2012 num espaço de Residências Artísticas, que tem sido ponto de passagem obrigatório de centenas de artistas nacionais e estrangeiros. Espaço que tem na Black Box da Fábrica Asa uma extensão natural, sendo para aqui encaminhados os espetáculos das companhias em residência artística, na fase final da sua criação. E ainda o Espaço Oficina (EO) – o primeiro espaço habitado pel’A Oficina – que é atualmente um local de encontro de toda a rede criada em torno da companhia Teatro Oficina – criada em 1994 com o objetivo de dotar a cidade de uma estrutura capaz de combater as assimetrias regionais, proporcionando aos cidadãos espaços de formação e fruição cultural na área do teatro –, que inclui os alunos da Licenciatura em Teatro da Universidade do Minho, os participantes das Oficinas do Teatro Oficina, mas também os membros dos Grupos de Teatro de Amadores e os artistas do Gangue de Guimarães. 

Mas, A Oficina é (definitivamente) mais do que isso. Através do Mais Três – programa de aprendizagem na área das artes performativas, integrado nas Atividades de Enriquecimento Curricular e de Apoio à Família – e de outros projetos escolares, como o Pergunta ao Tempo e o Lições Iluminadas, A Oficina está presente em mais de 50 escolas do concelho de Guimarães, atingindo um total de cerca de 5.5000 crianças. No âmbito do seu serviço de Educação e Mediação Cultural (EMC), A Oficina organiza, todos os anos, dezenas de espetáculos, conversas, visitas e workshops, nos seus equipamentos culturais, mas também nas escolas e noutras instituições, que apelam à descoberta, à imaginação, à criatividade e ao pensamento crítico. Neste mesmo âmbito, A Oficina também promove formação certificada para professores e demais agentes educativos interessados do território, numa parceria com o Centro de Formação Francisco de Holanda que tem como objetivo aprofundar conteúdos pedagógicos e artísticos, que permitam a construção de novas experiências com os alunos. 

A Oficina trabalha igualmente o pensamento. Nos últimos anos, uma série de publicações tem tido o carimbo d’A Oficina. Até hoje, já editou mais de 90 publicações de diferentes temas, das artes visuais à música, passando pelas tradições e o património, onde se destacam os catálogos das exposições do Palácio Vila Flor e do Centro Internacional das Artes José de Guimarães e a revista anual ‘Veduta’ dedicada a pesquisas e projetos sobre o património cultural, que tem tornado visível aquilo que podia ficar na esfera dos especialistas. Centenas de artistas contemporâneos estão representados em mais de 70 exposições que já habitaram o Palácio Vila Flor e o Centro Internacional das Artes José de Guimarães. 

Entre a memória e o futuro, A Oficina continua a lançar provocações artísticas à cidade, à região e ao país, numa missão cosmopolita de fazer o mundo acontecer em Guimarães, experiência através da qual se podem vislumbrar novos e melhores caminhos para todos.

Revista 1/2021 d’A Oficina disponível aqui
Vídeo ‘A Oficina é mais do que isso’ disponível aqui

Em aoficina.pt é possível explorar as vertentes de atuação d'A Oficina e toda a oferta à disposição, sendo este um eixo central que interliga digitalmente os vários espaços, eventos e projetos culturais. 
Solicitações de entrevista devem ser dirigidos a Bruno Barreto

 

Obrigado pela divulgação,

 

Bruno Borges Barreto 

Assessoria de Imprensa A Oficina 

Tel. 253424700 | 915191218

Francis Albert Sinatra foi dispensado do serviço militar ativo por ter problemas de audição!...

«sentir tudo de todas as maneiras                                                                           ter todas as opiniões                                                                                                  ser sincero contradizendo-se a cada minuto                                                       desagradar a si próprio pela plena liberdade de espírito                               e amar as coisas como Deus»                                                                                    Fernando Pessoa  

«criei cores para as vogais»
Arthur Rimbaud (com 34 foice!...)

«tanto lhe dava comer uma coisa como outra... enfim era feliz»
Jorge Luís Borges

«caiu pela escada excessivamente abaixo»                                                           Álvaro de Campos  

assim Ele escreveu ou escolheu entre 1901 e 1980 para seu livro 'Léah' em 1958 
só escolhi palavras juntas:

a tarde quieta       
                                                                                                           
chegou lá acima quase áfona

um cão preto sem rabo nem raça subia jovialmente adiante de nós

céu leitoso

chaminés apinhadas

decadente, descuidado, boémio

hostilmente asseada

onde ia aplacar um deus insaciável

mas com certa tinta bondosa

nunca fui feliz na companhia de ninguém, nem tornei felizes senão aqueles que de mim só conhecem as aparências

a cortina baixa de nuvens que lá fora exercia, bastante mal, as funções de céu

as janelas metiam outono por todas as fendas

por muito que chovesse ou ventasse

dedos incomensuráveis

acidaz corrosiva

não podia ler, tinha nostalgias, nervos, engulhos

ora uma tarde, talvez das três para as quatro

corri ao patamar e berrei com todo o meu fôlego de português da serra

e reparei que eras bonita, nova e séria

um amor já fossilizado em hábito

a agonia turva do dia

quando subir para o meu quarto, em sendo as dez

a cabeça poisada no teu regaço hospitaleiro

com todo o peso da tua natureza planturosa, realista e espontânea e mais de uma vez me reduziste à defensiva

tinhas uma graça um pouco rústica e nutritiva

marcas da miséria que o trabalho deixa geralmente no rosto dos pobres

risonha, saudável, higiénica

e tu com um terno reproche que só eu com certeza entendi

ao fim de muitas tentativas e canseiras, obtive um lugar obscuro no laboratório duma clínica de pobres, com todas as misérias humanas a escorrer diante dos olhos, no cheiro do carbólico e do formol

de José Rodrigues Miguéis 
advogou foi um dos jovens na 'Seara Nova' notável orador trabalhou com Raul Brandão e Bento Caraça e outros viveu nos EUA seus livros traduzidos para inglês italiano alemão polaco checoslovaco russo tradutor de Caldwell e McCullers e Fitzgerald e Stendhal membro do PCP e PCEUA desde 1935 e muito mais

Oh Francisco Noronha... li-o no 'Público'... e qidade ou que idade  tinha você em 71?... no 1º Cascais Jazz... olhe... eu fui lá e fiz falar Haden (no artigo surge um Haden e um Haiden! coisas do 'Público'!!!...) tinha 33 e fui ouver quem os portugas não sabiam que existiam e + fui ouvir o que tinha ensinado a dizer a Charlie Haden em Varsóvia!...  e sabe que entre os milhares de presentes neste 1º Cascais Jazz em Portugal há 50 anos apenas dois havia que sabiam o que se iria passar... JD e CH

«porque que hesitas?
se há tantas tintas tontas
tenta»
in 'Eu falo em chamas' Cruzeiro Seixas (3 dezembro 1920 - 8 novembro 2020) com 99 quase com sem... um surrealista!

'tout vrai langage est incomprénsible' Antonin Artaud

'as palavras são mortalmente confusas' Herberto Helder

'num concerto nunca alguém perguntou o que a Música quiz ou quer dizer' ouvem e palmas batem

"português é a sexta língua mais falada no Mundo, atrás do mandarim, hindi, castelhano, inglês e bengali, indicam estatísticas da Unesco, que dão igualmente conta da existência de mais de 6.700 línguas vivas no planeta. A língua portuguesa tem vindo, desde o início do século XX, a ganhar falantes, que segundo a Unesco, atingiram os 176 milhões no ano 2.000"

no Expresso de 13 abril 2002

"... ou seja: quando as velocidades aumentam, na órbita da globalidade, a força e a fraqueza são função da capacidade de definir vantajosamente as posições relativas"

no Expresso de Alexandre Melo em maio de 1989  
choveu no molhado e AM foi internado... crê-se...

em Portugal morreram 19.452 pessoas em janeiro 2021 causa Covid 19 - informação: 'Serviços de Informação dos Certificados de Óbito'   

Jazzé do Arte

até jass era como sescrevia quando minha Avó em Covas do Rio Portugal era viva meu Pai ainda não...



Comentários

Mensagens populares deste blogue

CODA 20 - depois de muitas diligências inventou-se o comboio

CODA 21 - 'eu que me aguente comigo e com os comigos de mim' Álvaro de Campos

CODA 22 – jazz é composição improvisada