CODA 10 - popular é o pão

"pouco mais se sabe de jazz no meu país do que contar até cinco" 
José Duarte

e tudo isto porquê? 
'pela mesma razão que os pilotos kamikaze usavam capacete'
ou e e
'pela mesma razão que o rato mickey usa luvas'

«gosto de ouvir
gosto do que sinto
fumo no ar, denso, grave, espesso
penumbras do bem querer, sobras
do que queremos e tememos
nina, sarah,chet, coltrane, parker
cheira a liberdade e sabe a melancolia
eufórica e pelo-me na pele
sente-se o sangue a dançar. a
luxúria, o tiroteio infernal de
cotton club
perco-me na noite
perco-me nos sons baixos, pianos
trompetes, contraltos, contrabaixos
caixas, aplausos
no silêncio do pulsar do corpoà espera de atacar a primeira
nota, quente, ardente, puxa
e passa a passa
e num rodopio lento que dá
alento deixo-me voar
deixo-me amar»
de Ana Bustorff

nota vivida - 'Clube Universitário de Jazz' com cadeiras '124' (?!) 'revolucionárias' entre 58 e 61 depois... proibido o clube aberto e as cadeiras sem pessoas novas estudantes foram oferecidas pelo CUJ a dois seus fundadores Raul Calado que já se foi embora e José Duarte à espera de sire... os que proibiram já se foram embora ou são maiores de cem de sem de 100
estas famosas cadeiras criadas há cerca de 160 anos por Michael Thonet  que a desenhou continuam a ser produzidas castanhas e costas com dois arcos em rede seu assento circular elegante custava há 12 anos em Lisboa 700 eus cada 1 melhor uma mas bonita de se ver e nela de sentar

uma história esta também verdadeira sobre um português que lia mas não improvisava
chamava-se ou chama-se José Magalhais erro mas impresso erro americano mas do norte... é Magalhães e toca ou tocava trompete em Lisboa esta em Portugal... vai desculpar-me mas esta história passou-se mesmo nos finais no final dos anos 50... 1958 e este JD que lhe escreve melhor descreve esta história tinha 20 anos de idade e acompanhava Marshall Brown e George Wein altas personagens na cena jazz novaiorquina dantanho em Lisboa... sairam com a criança à noite...
Marhshall já cá não está mas é o dono desta história e Jorge nos USA chamam-lhe George vive velhinho mas é um pianista e foi a razão para o Festival Jazz Newport existir e disto sou testemunha pois lá estive em 1970 e as imagens com 50 anos 50! ainda me estão aqui... e tocou no cabelo!... Vilas Boas e Lucas Mendes - brasileiro que conheci em Houston na NASA na 'queda' da Apolo 13 em 1970 - lá também estavam 
LVB e JD foram amigos embora raramente sentendessem... 
havia respeito jazz de 1 plo trabalho jazz do outro... 
e quem escreveu respeito podia ter escrito amizade  ou admiração ambas escondidas
Marhshall Brown músico e George Wein escolhiam um músico em cada país europeu para integrar  uma 'International Youth Band' a 'Newport 58' e assim foram reunidos entre outros este grupo de pessoas jazz desconhecidos na época: Albert Mangelsdorff trombone e George Gruntz piano e Gabor Szabo quitarra e Roger Guerin e Dusko Gojkovic e José Magalhães trompete estes alguns dos músicos da Big Band com 1 tuga!!!... mas... ele há sempre um mas... Magalhães era ***** a ler e tocar os arranjos ié um notado e notável leitor mas a solar um zero!!! a tristeza: foi muito louvado cumo o melhor e + rápido a ler arranjos para jazz para ele desconhecidos...
Zé Magalhães tocou na gravação do CD mas sua sonoridade é uma das dezasseis... 

CARLOS MENEZES: 
O PRIMEIRO VIRTUOSO DO JAZZ PORTUGUÊS [1]

Pioneiro na introdução da guitarra eléctrica em Portugal, Carlos Menezes (1920-2011) foi também um dos mais notáveis músicos de Jazz portugueses e o primeiro, até, a merecer reconhecimento internacional ao mais alto nível mediático. Brilhante, a sua carreira estendeu-se por oito décadas, tendo-se cruzado com alguns dos mais prestigiados músicos nacionais e estrangeiros, desde Max a Amália Rodrigues, e de Don Byas a Juliette Gréco e Mara Abrantes. Se fosse vivo, o virtuoso guitarrista teria completado em 2020 o seu centésimo aniversário.

Carlos Menezes nasceu no Funchal, na freguesia de São Pedro, no dia 29 de Setembro de 1920. Ajudou a selar o seu destino na música a arreigada tradição da família paterna nessa arte, da qual emergiram três músicos destacados e até dois construtores de instrumentos. Muito precocemente, com apenas cinco anos, iniciou a aprendizagem e a prática da guitarra, o que fez de forma autodidacta e com o pai a acompanhá-lo. Três anos volvidos, estreou-se no Teatro-Circo do Funchal, onde tocou, à guitarra portuguesa, diversos fados. Aos 9/10 anos, ingressou na Filarmónica Artístico Funchalense, de que o seu pai era membro, ali tendo aprendido solfejo e iniciado a aprendizagem do trompete, instrumento que passou a tocar em público a partir dos 15 anos. No final da década de 1930, foi trompetista e guitarrista na 'Moonlight Melody Band', um noneto fundado em 1937 e dirigido por Quinídio Teixeira. Prosseguir uma carreira musical não era, contudo, fácil ou sequer rentável, pelo que o jovem Carlos Menezes trabalhava, em simultâneo, numa fábrica de conservas de atum em azeite. A profissionalização haveria de chegar no início da década de 1940 quando, ao ouvi-lo tocar, o alfaiate Maximiano de Sousa (o Max) sugeriu ao gerente do hotel Bella Vista que lhe fizesse uma audição. Era então músico residente nessa unidade hoteleira o pianista Tony Amaral, cujo conjunto Carlos Menezes viria a integrar, actuando a partir de 1944 no Flamingo, uma célebre boite localizada no centro histórico do Funchal. O seu instrumento era já a guitarra eléctrica, que ouvira através das emissões radiofónicas da BBC. Não existindo nenhuma em Portugal, decidiu electrificar uma vulgar guitarra acústica. Para tal, acoplou ao cavalete do instrumento uma pastilha de amplificação, dispositivo que, durante a Segunda Guerra Mundial, os aviadores usavam junto à garganta para estabelecer as comunicações rádio. 

RUMO A LISBOA E AO JAZZ

Em finais de 1946, Tony Amaral trocou a Madeira pelo continente. Nove meses depois, no dia 10 de Agosto de 1947, chegava à capital o guitarrista Carlos Menezes. O seu destino era o Nina, prestigiada boite do Chiado onde viria a actuar durante um ano com o conjunto de Tony Amaral. Além da prestação musical, muito baseada no repertório norte-americano, causou também sensação a guitarra eléctrica que o acompanhava, instrumento ainda desconhecido no continente. Carlos Menezes ambicionava, porém, uma guitarra construída de raiz e não uma mera adaptação improvisada. A inusitada encomenda foi entregue a um bem conhecido luthier localizado junto ao Limoeiro, o qual, embora contrariado, meteu mãos à obra. Surpreendentemente, poucos meses depois já a loja de instrumentos Santos Beirão tinha para venda diversas guitarras iguais à imaginada por Carlos Menezes, o que deixou o músico bastante perplexo… Foi com essa guitarra e com um pequeno e rudimentar amplificador que, integrado no conjunto de Tony Amaral, gravou em 1949 a primeira versão do clássico “Noites da Madeira”, editado em 1951 pela Columbia. Presentemente, alguns autores e músicos consideram esse tema o primeiro standard de Jazz português. O ano anterior à referida gravação foi particularmente importante para Carlos Menezes, pois representou o aprofundamento da sua relação com o Jazz. Em Maio de 1948, como membro do conjunto de Tony Amaral, participou numa jam-session efectuada nos estúdios da Rádio Renascença, sessão que teve como convidado o saxofonista norte-americano George Johnson. Nesse mesmo ano, no Clube Americano, onde actuou durante cerca de 12 meses com Tony Amaral, partilhou o palco com o saxofonista Don Byas. Ainda no Clube Americano, também em 1948, conheceu Luís Villas-Boas, que lhe abriu as portas do Jazz na capital. Por intermédio do “pai” do Jazz em Portugal, Carlos Menezes integrou não só as primeiras formações instrumentais do 'Hot Clube de Portugal' (HCP), como tocou nos festivais de Jazz promovidos pelo clube. Passou, sobretudo, a ser presença activa e regular nas suas inúmeras jam-sessions. Logo em Janeiro de 1951, participou no concerto de inauguração da primeira sede do HCP. Dois anos depois, actuou no I Festival de Música Moderna, realizado no Cinema Condes, tendo integrado o Quinteto do HCP. Ainda em 1953, tocou também com o pianista francês Claude Bolling e com um trio de cadetes da marinha de guerra dos Estados Unidos. Em 1954, actuou na inauguração da nova sede do HCP, na Praça da Alegria, e no ano seguinte participou numa outra jam-session, essa realizada na Faculdade de Ciências de Lisboa, tendo como convidado especial o clarinetista argentino Panchito Cao. Foi também a convite de Luís Villas-Boas que, em 1958, tocou no primeiro episódio do programa radiofónico Ritmo Sincopado. No estúdio da Emissora Nacional, Carlos Menezes gravou em duo com o guitarrista húngaro Elek Bacsik, e também em trio, mediante a adição do contrabaixista Luiz Matos. Para além da égide do HCP, Carlos Menezes colaborou com diversos músicos de Jazz, muito especialmente com Jorge Costa Pinto. Em 1961, participou num jingle publicitário pleno de swing que o referido maestro criou e gravou com a sua orquestra para promover um produto da Shell, dando assim cumprimento a uma encomenda de Raúl Calado, que, além de notável publicitário, foi também um destacado divulgador do Jazz em Portugal, tendo fundado o Clube Universitário de Jazz. Em 1962, integrou um dos octetos que Jorge Costa Pinto apresentou na RTP. No ano seguinte, fez parte da primeira orquestra organizada em Portugal para tocar Jazz. Foi nesse contexto que na noite de 25 de Janeiro de 1963 surgiu nos ecrãs de televisão com a Orquestra Jorge Costa Pinto. Fazia-se, assim, história na história do Jazz em Portugal e, uma vez mais, Carlos Menezes estava lá com a sua guitarra.

FAMA INTERNACIONAL

Músico profissional, durante boa parte da primeira metade dos anos 1950 Carlos Menezes manteve-se no conjunto de Tony Amaral, tendo tocado em clubes e restaurantes como o Cristal, Pigalle, Vela Azul e Maxime, mas também no Casino Estoril e até em Madrid, no Pinguino. Com o regresso do pianista à Madeira, ocorrido em 1953, na sequência de uma temporada de concertos no hotel Reid’s Palace, Carlos Menezes passou a actuar regularmente no restaurante Alvalade, no Campo Grande. Algum tempo depois, encontrava-se já no restaurante bar-dancing Mónaco, localizado em Caxias, e no hotel Embaixador, em Lisboa. No Verão de 1956, quando tocava no Casino Estoril – onde acompanhou, nomeadamente, grandes vedetas da canção francesa, como Juliette Gréco, Jacqueline François e Patachou –, foi inesperadamente ouvido por um conceituado músico e crítico de Jazz estrangeiro. Em Setembro, nas páginas do jornal Melody Maker, Steve Race haveria de equiparar Carlos Menezes aos melhores guitarristas de Jazz norte-americanos. O referido artigo acabou por ser, simbolicamente, o primeiro acto de reconhecimento internacional da existência de músicos de Jazz portugueses. No final da década de 1950, Carlos Menezes começou a colaborar com o conjunto do pianista espanhol Shegundo Galarza, no qual se manteria até 1973. A partir de 1961, tocou regularmente com o referido combo no restaurante bar-dancing Mónaco, mas também um pouco por todo o País e no estrangeiro, principalmente em Espanha e nos Estados Unidos. O primeiro disco de Carlos Menezes com Shegundo Galarza, intitulado Vamos Todos ao Cinema, surgiu em 1961. Seguiram-se outras obras, nomeadamente o álbum Seus Violinos Seu Conjunto, editado em 1965.

A década de 1960 trouxe a Carlos Menezes os dois únicos discos que gravou em nome próprio. Editados, respectivamente, em 1960 e 1961, receberam os títulos Dançando em Lisboa e A Guitarra e a Harpa que Falam. Neste último, Carlos Menezes fez uso da guitarra havaiana, instrumento que encomendara em Lourenço Marques, através de um catálogo norte-americano, quando, no final dos anos 1950, ali tocou durante a longa temporada que cumpriu no hotel Polana com Mário Simões e o seu conjunto.

UM MÚSICO DE BANDA LARGA

Carlos Menezes teve uma acção de largo espectro na música, incluindo inúmeras participações nos Serões para Trabalhadores – espectáculos promovidos entre 1941 e 1974 pela Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho (FNAT) e radiodifundidos pela Emissora Nacional – e no Festival da Canção. De facto, ao longo da sua carreira musical, gravou dezenas e dezenas de discos com algumas das mais notáveis vozes da música popular portuguesa, nomeadamente Max, Maria Odete Coutinho, Maria Clara, Maria Marize, Artur Garcia, Rui de Mascarenhas, Maria da Fé, Fernando Tordo e Luís Cília. Merecem, no entanto, destaque dois projectos desenvolvidos na segunda metade dos anos 1960, um por ser pioneiro e outro por envolver Amália Rodrigues.

O primeiro deles surgiu por iniciativa de Raúl Calado, que, apostado em criar um projecto de fusão do Fado com o Jazz, desafiou a fadista Maria da Fé a cantar com músicos praticantes de ambos os géneros e também da música ligeira portuguesa. Nas gravações, cuja direcção musical pertenceu a José Duarte, Carlos Menezes participou não com a guitarra, mas com um banjo. O resultado musical ficou documentado em dois EPs, ambos denominados Popfado e editados em 1966 e 1967 pela Chave. Sensivelmente no mesmo período, Carlos Menezes participou pela segunda vez num disco de Amália Rodrigues, artista que conhecera 20 anos antes, quando a fadista era presença assídua no seus espectáculos no Nina. Nos estúdios da Valentim de Carvalho, Carlos Menezes integrou uma orquestra dirigida por Joaquim Luís Gomes, tendo sido convocado não só pela mestria guitarrística, mas também pela capacidade, então invulgar, de leitura musical, algo fundamental devido à complexidade da peça a interpretar. Depois, havia, claro, o facto de dominar como poucos a tradição da guitarra na música espanhola, algo absolutamente inestimável quando o que estava em causa era a gravação de um andamento do célebre “Concerto de Aranjuez”. Carlos Menezes deixou, assim, a sua assinatura no disco Aranjuez, Mon Amour, editado em 1967 pela Columbia.

No dealbar dos anos 1970, Carlos Menezes acedeu ao convite do compositor Nóbrega e Sousa para integrar, como solista, a Orquestra Ligeira da Emissora Nacional (OLEN), da qual fez parte desde 1973 até ao início dos anos 1990, actuando e gravando sob a liderança dos maestros Tavares Belo e José Mesquita. Embora tal representasse uma pronunciada perda financeira, oferecia-lhe como atractivo a garantia de estabilidade profissional e de rendimentos, o que pesou na decisão final do guitarrista. A par da actividade que desenvolvia na referida orquestra, Carlos Menezes actuou durante mais de 17 anos no hotel Ritz, trabalho a que acedeu graças a Shegundo Galarza e que lhe permitiu tocar pontualmente em algumas unidades do mesmo grupo hoteleiro (Intercontinental), nomeadamente em Londres e no Cairo. Quando se reformou, Carlos Menezes manteve apenas as aulas de guitarra, actividade que iniciara várias décadas antes através da casa Gouveia Machado, uma discoteca e loja de instrumentos sediada na Rua de São José.

Homenageado em 2009 pelo blogue Jazz no País do Improviso! e pela Câmara Municipal de Cascais, Carlos Menezes deu no Centro Cultural de Cascais o seu último concerto público, pois veio a falecer em Dezembro de 2011. Quatro anos antes, em Março de 2007, tocara no teatro São Luiz, no evento de apresentação do livro O Jazz Segundo Villas-Boas. No espírito de uma jam-session, partilhou o palco do Jardim de Inverno com o pianista António José de Barros Veloso e o contrabaixista Bernardo Moreira. É essa, aliás, a última gravação conhecida de Carlos Menezes, que já nem guitarra possuía, pois estava totalmente afastado dos palcos. Apesar disso, e dos seus 86 anos, mantinha ainda bem presente a invulgar destreza técnica que o caracterizara como guitarrista.

 João Moreira dos Santos

[1] Texto adaptado do guião do episódio especial do programa «Jazz A2» que o autor do artigo dedicou a Carlos Menezes por ocasião do seu 100.º aniversário. Transmitido pela Antena 2 no dia 30 de Dezembro de 2020, encontra-se disponível em RTP Play.

«Scat é cumo jazz... quer dizer nada»

RaRo é escrever sobreteatro não é a verdade... penso + em Glenn Close e em Glenda Jackson mas a frase serve e o Teatro impressiona-Me

'A ratoeira' em London ou Londres há + de dezenas danos a violência da repetição diferente tudo pode ser muito a sério ou não mas acima de tudo e a certa altura em 'Hamlet' o velho Guilherme deixou escrito «a arte dramática procura mostrar o espelho à natureza ao vício a sua própia imagem e outras duas ou três pertinências seguidas coisas de a vida da vida de esta vida

Conheci Bobby Few éramos + novos foi em Paris há décadas depois de lá ter sido ou ido convidar o grupo dos sopradores Steve o Lacy e Steve o Potts para virem em 72 em 21 do 2 tocar num teatro que já não existe o Monumental em Lisboa... mas com Bobby foi diferente vieram 3 negros músicos n-americanos sendo 1 deles Bobby o pianista e Alan Silva!!! (mas Silva de quem?!) e percutindo Mohammad Ali (!!!) vieram a Lisboa os 3 (estes 3?!...) mas Few esteve + vezes em Lisbon numa delas tocou na 'Zé Dos Bois' no Alto Bairro + alto que o Bairro Alto
lá o fui procurar e falámo-nos pla última vez... Bobby Few foi-se embora em 7 deste janeiro... 

mas... a adversativa... restam-me as gravações... são milhares de LPs e CDs uns na UA Universidade de Aveiro outros na Lapa em Lisboa e muitos 'lembro-me'...  e eu? perguntou... 
serei sepultado disse

  

A Great Pianist has gone
October 21,1935 / January 7, 2021

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Bobby Few was one of the original FreeJazz musicians.  Born in Cleveland Ohio in 1935, he began studying classical piano from the age of 7. As he grew he became interested in all of the musical possibilities that was happening all around him.  Few began playing on the Cleveland jazz circuit with bassist Bob Cunningham and Frank Wright among others. By mid-60's at the urging of his childhood friend Albert Ayler, he moved to NYC. There he began working with a range of players from Booker Ervin, to Rahsaan Roland Kirk, to Joe Henderson to Albert Ayler and others.  In 1969, he went to France with the Frank Wright / Noah Howard Quartet.

In Paris he found a new home. This was a place where his music was appreciated and he could be free.  Here he would later raise a family with his wife Simone and their son Few Few.  He continued working with Frank Wright's The Center of the World Quartet as well as with Archie Shepp, Mohammad Ali, Steve Lacy, Alan Silva, Sunny Murray, Rasul Saddik and in more recent years with Avram Fefer among others.

Bobby Few was a kind and gentle man.  He was open to all of the music.  He was happy to play with all sincere musicians and artists. He was a soloist but also a collaborator who inspired those who worked with him. 

He has gone home and he will be missed by those he has left behind who had the joy of knowing him and playing with him. He will be missed by all those who were privileged to have heard his music and most of all he will be missed by those who who were blessed to know him and love him.  


With Love and Respect,
Patricia Nicholson Parker
Founder of Arts for Art

 

You can listen to some of his music in this article on the
Wire Magazine published in 2019

 

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de Helder B. Martins:

"Jazz, mediação, discursos"

No âmbito dos estudos sobre disseminação e divulgação musical o conceito de mediador tem vindo a adquirir um papel importante sobretudo a partir das propostas de Bruno Latour que vê o mediador como um “agente de transformação”. O conceito de «mediação» em relação à música foi proposto pela primeira vez por Theodor Adorno (1976, 1978, 2002) que teorizou sobre este conceito a partir da interpretação hegeliana de Marx sob influência de György Luckacs (Born e Barry, 2018: 443). Desde então o conceito de mediação musical tem vindo a ser trabalhado e adaptado em vários estudos. É daqui que surge a designada Actor-Network Theory (ANT) que começou a ser desenvolvida no início da década de 1980 por Michel Callon (1986a, 1997) e Bruno Latour (1996, 2005). É interessante notar que, uma vez mais, tal como noutros conceitos e teorias provenientes da antropologia ou da sociologia, os fenómenos relacionados com a música proporcionaram melhores entendimentos sobre os casos em estudo. Conforme afirmam Born e Barry:

(…) it is fascinating to reflect on the fact that music was there at the very start of ANT, stimulating discussion alongside such ‘things’ as electric vehicles, baboons, scallops and photoelectric cells in the attic seminar rooms of its home, the Centre de Sociologie de l’Innovation, part of the Ecole des Mines in Paris. Indeed, Latour has noted the strong influence exerted on his thinking specifically about mediation by Hennion, his close colleague at the CSI. The concept of mediation central to ANT came in part, then, from research on music! (ibid.: 445).

Gradualmente a sua aplicação aos estudos em música tem recebido importantes contributos de autores como Antoine Hennion (1989, 1991, 1993, entre outras), John Law (1999), Andrew Goodwin (1988, 1992), Steve Jones (1990, 1992), Tricia Rose (1994), Albin Zak (2001), Doolin e Lowe (2002), Michael Veal (2007), entre outros.

No caso dos divulgadores e/ou críticos, como é o caso de José Duarte, são frequentes os enunciados discursivos que estabelecem relações entre «jazz - símbolo social» e «jazz - objeto estético». Através dos seus discursos José Duarte – mediador de jazz em Portugal – construiu e constrói configurações que reposicionam o objeto musical condicionando e influenciando, assim, a receção desse mesmo objeto (Martins, 2020).

José Duarte identifica-se com o jazz a partir destes dois vetores: o estético e o sociopolítico. A partir deste enfoque pessoal, dos discursos veiculados, do conjunto de ações que desenvolveu (multicêntricas, regulares e continuadas, projetadas de forma sistemática) para a difusão e a promoção do jazz, passa a poder ser caracterizado como verdadeiro «mediador», de acordo com a síntese de Latour (2005): “(…) an entity with the agency to transform”.

Efetivamente, José Duarte instituiu-se como um agente de transformação. Desde as primeiras ações mediáticas que o jazz enquanto símbolo social preconiza um elemento de contestação e de resistência política, primeiro durante a ditadura (entre 1958 e 1974) mas também depois da instauração da Democracia. Numa altura em que se assistem à emergência de movimentos sustentados numa ideia ilusória de «ordem», «identidade» (que Lévi-Strauss caracterizou na década de 1970, como o novo mal do século) e «moral imaculada», “justicialismo”, “neo fascismos”, discursos de ódio e de instigação à justiça popular medieval, é particularmente importante focar o papel de José Duarte, em prol do jazz em Portugal (enquanto objeto estético) mas também no que concerne à mediação que efetuou e efetua através do jazz: que para si enforma e sistematiza um legado humanista de progresso e de justiça social, contra todas as exclusões e em prol da fraternidade.

Ao longo da sua atividade, José Duarte manteve uma constante prática de ações mediadoras: rádio, imprensa periódica, palestras, sessões fonográficas, produções fonográficas, organização de eventos, entre muitas outras.

Coda é apenas mais uma prática mediadora de José Duarte.                                 Obrigado, José Duarte!

"Manhã tão forte que me anoiteceu"                                                                                             de Mário Sá-Carneiro 1890-1916

et moi com quase 83 mas com uma miocardiopatia hipertrófica também aprendi com Leopold von Sacher-Masoch (1836-1895) a ser masoqueiro ou masoquista e talvez por isto alguém me não diz com verdade... é muito com verdade? então anulo... - sou um demo mas um crata - alguém me não diz quando serei... aqui não sei o termo se é vitaminado se é maltratado se é amigado o que é certo é que sei nada que é o que as tvs me mostram e estou pior desde que vejo telejornais apre ensivo é pré ocupado... nasce em mim o abalfabetismo dadas as palavras algumas novas de idade outras velhas e piolhosas estabelecerem a confusão procurada ponto final se não fossem os meus 83 escreveria que + tarde ou + cedo uma nova velha Pide deve aparecer e JD procurado embora já hoje ninguém goste de mim... nem essa nem esse pausa antes de morrer estão a matar-me... normal

«e vários chorus para acabar com uma CODA:                                                                     abaixo sons que pareçam jazz                                                                                                        viva o jazz e quem o apoiar»                                                                                                             ou e                                                                                                                                                         «não sou o que pareço» Orson Wells à conversa sobre 'Othello' de Shakespeare

entrada livre                                                                                                                                   

saída livre              

Jazzé do Arte

novo ano vida velha

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